Representatividade na infância
Por Jenniffer Cornélio - Educativo Piraporiando

Foto: Getty Images
“Que nossas crianças tenham a oportunidade de ter uma infância que as permita sonhar”.
Na infância meu sonho era ter uma boneca negra, que tivesse um cabelo crespo volumoso ou tranças, um corpo igual ao meu e um porte de princesa — assim como as bonecas que pareciam com as crianças brancas. Nasci no início na década de 90 e nesta época a representatividade não era pauta latente, cresci sem me ver representada nos brinquedos, na tv, nos desenhos animados, revistas adolescentes, livros escolares, foi uma existência silenciada e de sobrevivência.
Graças a minha família, grande e afetiva, sobrevivi e tive uma infância relativamente feliz, pois meu lar era e ainda hoje é um resgate que fortaleceu e me fez chegar até aqui e lutar para que as crianças desta geração tenham uma infância representativa e diversa.
Vamos falar sobre representatividade?
É durante a primeira infância que a criança começa a desenvolver a sua identidade, seja nas relações socioemocionais com a família, escola, cultura e entre outros fatores, é nessa fase também que começa a construção da sua visão de mundo e sobre si mesma. É essencial para o processo que ela se sinta pertencente e receba estímulos que a ajude a ter um bom desenvolvimento na vida adulta, que a permita tomar decisões sociopolíticas, ter equilíbrio emocional e principalmente sentir-se bem-vinda na sociedade.
Quando falamos de infância, falamos sobre como podemos proporcionar às nossas gerações futuras uma formação plena que respeite a sua existência, representação ativa e participação em sociedade. Uma infância representativa auxilia a criança no desenvolvimento da criatividade, na aprendizagem sobre a cultura, história e o meio em que vivemos. Sabemos que durante o desenvolvimento socioeducacional de uma criança cada uma das referências apresentadas possuem um papel muito importante nesse processo de aprendizagem, pois seus efeitos influenciam na educação, formação para o resto de sua vida. Portanto, como vivemos em um mundo diverso, é fundamental que representem e sejam acessíveis para todos, todas e todes.
Mas, Representatividade importa?!
Vamos lá? Sim, representatividade importa! Segundo o dicionário, o termo representatividade significa representar politicamente os interesses de determinado grupo, classe social ou de um povo. Ou seja, não é apenas uma participação midiática, na novela, séries e/ou filmes. É incrível ver um filme em que os personagens são diversos, de múltiplas etnias, lugares e características. Mas, representatividade é muito mais, é estar nos espaços de decisão, poder mudar e de fazer com que outras pessoas como você também tenham poder de decisão. É ir lá mudar as estruturas de poder por dentro. E tudo isso começa na infância, desde os primeiros momentos de socialização com a família, conexões com mídias sociais, até as atividades escolares.
E como a Piraporiando colabora para a promoção da representatividade desde a infância?
Somos uma Edtech de Impacto Social que atua em prol de uma educação antirracista, antibullying, antipreconceito e de promoção da equidade de gênero. Criamos conteúdos e experiências pautadas na valorização da diversidade, em consonância com a BNCC, LDB, ODS, ESG, Declaração de Salamanca e Pilares da UNESCO. Uma proposta de Educação 360 que une escolas, empresas e famílias numa experiência de aprendizagem afetiva e conjunta, com foco para a promoção da diversidade, equidade e inclusão.
E você, o que faz para que todas as crianças tenham a oportunidade de ter uma infância mais representativa?
Você já ouviu falar sobre o nosso programa de educação Trilhas da Diversidade, que tem como base nossas obras literárias infanto juvenis?
Não?! Então vem cá, vamos conversar?